Novo filme de Tim Burton ultrapassa Avatar como maior abertura e comprova a força do 3D.
Tal qual uma Olimpiada cheia de grandes talentos, as bilheterias norte-americanas tem visto uma quebra de recordes histórica por natureza. Assim que Avatar encerrou sua carreira irreparável de três meses de sucesso, Alice no País das Maravilhas, de Tim Burton, estréia faturando US$ 210,3 milhões em três dias. Tudo isso com a imprensa e blogueiros criticando o filme constantemente desde a semana passada.
Depois de uma abertura doméstica impressionante com US$ 41 milhões, e mais US$ 43 milhões no sábado [especialmente por conta de famílias lotando as matinês], o bom desempenho se manteve no dia do Oscar e, para surpresa geral, atraiu diversos públicos. O Walt Disney Studios encara as garotas como seu maior público, mas quando horários pouco freqüentados por meninas começaram a ter lotações esgotadas o cenário mudou. Dados oficiais apontam o esgotamento dos ingressos na seguinte ordem: IMAX 3D, 3D e 2D. É a força do formato, cada vez mais relevante no circuito norte-americano (incluindo o Canadá). Nas sessões prévias da quinta-feira de noite, adolescentes tomaram conta das salas gerando US$ 4 milhões. Nos 40 países onde já estreou – no Brasil só no dia 23 de abril – o filme arrecadou US$ 94 milhões, gerando desempenho recorde entre as aberturas de inverno.
Pesquisas de público apontam o filme como nota A-, enquanto as opiniões da imprensa e da internet são pouco favoráveis. É o marketing contra as milhares de opinões “relevantes” do mundo virtual e impresso.
Alice no País das Maravilhas estreou em 220 salas 3D a mais do que Avatar. Fator importante na contabilidade dos ingressos. Isso se deve a uma recente ampliação na oferta de salas em 3D, que estão em franca expansão desde o sucesso do filme 3D de Miley Cyrus, em 2008. O desempenho do filme deve ser bastante promissor, mas nem tanto quanto Avatar, pois, dia 26 de março estréia How To Train Your Dragon, da Paramout/DreamWorks, e o circuito deve retirar muitas cópias para receber os vikings matadores de dragão. Na Inglaterra, o anúncio do lançamento do DVD para 12 semanas após a estréia desestimulou grandes exibidores que, com medo de terem vendas baixas, optaram por não exibir ou trabalhar com pouquíssimas cópias. De qualquer forma, faturou US$ 16,8 milhões e sacramentou o incontestável recorde de bilheteria para um filme no mês de março na Grã-Bretanha.
O último tiro será dado quando os últimos quatro territórios internacionais relevantes receberem suas cópias: Brasil, França, Japão e China. O estúdio espera que esse grupo seja responsável por 60% do faturamento internacional.
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O pior dessa história toda é isso : “no Brasil só no dia 23 de abril”
Acho fantástico o que o Tim Burton faz no visual de seus filmes, mesmo que as vezes a história e o roteiro possam decepcionar um pouco. Ainda assim, ele nos leva a um mundo fantástico cada vez.
O Brasil é realmente um território internacional relevante para os filmes? Seria possível talvez comentar, seja aqui ou no rapaduracast, quais são os principais mercados em termos de tamanho e retorno financeiro para os estúdios? É uma curiosidade q tenho, pois o que sei é que o Mercado Americano fica muito perto de 50% das bilheterias em geral…china e japão são os dois outros grandes mercados?
Abraços
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Eu confesso que não vi Avatar em 3D…
… mas agora estamos falando de TIM BURTON e seu querido Johnny Depp!
Aí sim, começando as exibições na minha sofrida Beagá (também conhecida como Belo Horizonte/MG) com suas tristes (e MUITO caras) 2 salas de cine 3D, vou esperar passar o frenesi e com certeza irei assistir.
Tim Burton, o “dark” do cinema (e seus remakes) promete MUITO com esta pérola!
(Patux)