Vou falar de Tolkien e Lewis por causa de um comentário curioso, mas antes tenho algo a esclarecer. Este blog não é um daqueles fenômenos de internet que atraem gente de todo canto e entope os comentários com um monte de “adorei seu blog, parabéns, ou blablá”. O pessoal que chega aqui chega por uma razão, quer saber e falar sobre cinema hollywoodiano – que é onde eu moro, então falar do que não é feito ou lançado por aqui é secundário, embora eu goste de filmes de outros lugares, especialmente da Inglaterra – ou é amigo, membro da família, coisas assim. O que acontece é que sempre tem gente conhecida e, quando alguém novo surge, algumas explicações podem, ou não, ser necessárias, afinal, leva um tempo para conhecer alguém e algumas “opiniões” podem não transmitir aquilo que realmente penso, especialmente pelo fato de eu tirar barato de muitas situações aqui. Afinal, estamos no Judão, certo?
Ok, vou ao ponto. Fiz a crítica de As Crônicas de Nárnia – Príncipe Caspian e publiquei aqui. Até gostei do filme. Não achei o primeiro aquele horror que a crítica definiu, mas também não o insiro em nenhuma lista dos 50 melhores. É um filme Ok. Mas Narnia não tinha um Tupanzinho para resolver a parada e dar um toque a mais.
A crítica ficou lá um tempão e atraiu só 7 comentários. Como muita gente não gosta do tema, nem estranhei, mas o último comentário chegou recentemente e me chamou a atenção. Sabem aquelas piadas internas que você está acostumado a fazer com os amigos? Pois é, tenho que me lembrar que meu objetivo – e acho que o de todo mundo, menos do Rob Gordon, claro, porque ele sempre quer ser diferente – é publicar para um público maior e realizar meu trabalho. Pois é, para mim, isso aqui é trabalho. Por isso, eu não posto, eu publico. 😉
Enfim, mencionei as similaridades em O Senhor dos Anéis e Príncipe Caspian. Mesmo achando que esse é um caso típico de Real Madrid x Ferroviária, não tenho nada contra C.S.Lewis, aliás, li todos os livros em português e inglês. E encarei a versão da BBC sem dormir! Hehe! Mas O Senhor dos Anéis é muito mais livro, cultura, universo, tudo.
Só que brinquei com o “quem copiou de quem?”, pois fazíamos muito isso no meu grupo de estudos de cultura celta e druidismo e nos encontros da Heren Hyarmeno. Sobrava para todo mundo aliás, chegamos a fazer uma árvore genealógica dos principais escritores e influencias chupinhadas das antigas culturas européias. Bernard Cornwell tinha acabado de ser lançado no Brasil, mas O Rei do Inverno estava na roda desde o lançamento na Inglaterra. É aquela coisa, muita gente só sabe que Beowulf existe por causa do filme, mas tínhamos lido aquela trolha (no sentido de ser um poema meio sacal às vezes, mas fundamental e com partes tão poderosas que seguram a barra das chatas) à exaustão, assim como tantas pessoas antes, afinal, a história está aí há bastante tempo, não? É meio como ler O Senhor dos Anéis e pular as músicas!. E Beowulf, assim como O Anél dos Nibelungos, foi inspiração para deus e o mundo no princípio da literatura de fantasia. Logo, quem copiou de quem?
Toda a amizade e influência mútua de Tolkien e Lewis foi motivo de livro, Tolkien e C.S.Lewis – O Dom da Amizade, traduzido pelo meu colega Ronald Kyrmse, que sempre lidera os brindes ao “velho” Tolkien nas noitadas para celebrar os aniversários de J.R.R. nos pubs paulistanos. Aliás, sugiro a leitura para esclarecer qualquer dúvida sobre esse assunto. Livrinho “mediocre”, sabe. Seria inevitável que elementos similares transitassem entre as obras, o que não diminui a qualidade o a “profundidade”, como foi mencionado no comentário, de qualquer um deles.
Eles discutiam muito toda essa influência e, pelo ponto de vista literário, foram além de beber da mesma fonte, eles analisavam as mesmas referências, e, sim, trocavam sugestões sobre o que utilizar e como utilizar em seus livros. Não é segredo para ninguém que isso aconteceu. Aliás, é chover no molhado dizer que Tolkien foi o cara que mais estudou mitologia nórdica no último século e fez algo de útil com esse estudo. Mas os diretores de Principe Caspian não estudaram tudo isso, o que transforma as menções a esses elementos em algo um tanto grosseiro e inevitavelmente inspirado em outras obras. Por isso passível de sacanagem. Quem copiou de quem mesmo? :p
Peter Jackson fez um ótimo trabalho na seqüência do Val do Bruinen, por exemplo, ao inserir levemente o formato de cavalos para o turbilhão que manda os Nazgûl passearem. Agora esse deus da água de Nárnia, que não conseguiu nem superar o Ulmo da capa do Contos Inacabados em termos visuais, por exemplo, parece tolo e a cena tem um timming ruim. Tudo bem que Lewis preferiu trabalhar com a personificação dos elementos da natureza, enquanto Tolkien foi mais sutil e permitiu que apenas algumas “forças” da Terra-Média tivessem forma. Todos os animais da essência de Nárnia são inteligentes, se comunicam e integarem com outras raças. Tolkien permitiu que só os Elfos conseguissem se comunicar com outras espécies.
E isso leva a outro elemento que inspirou o comentário, as árvores. Seria o fato de os Ents existirem e as árvores darem o ar da graça em Nárnia mera coincidência? Não, pelo contrário, influência mútua. Outra coincidência foi o fato de, em ambas as obras, a carga das árvores, ou seja, o warcry da natureza acontecer exatamente no final dos “segundos” livros? Nesse caso, coincidência não existe. Fico pensando quem copiou de quem? 🙂
O fato é: Tolkien e Lewis cozinharam a mesma sopa, mas cada um fez o que bem entendeu com o seu quinhão. Mas com tanta mediocridade assim, quem copiou de quem mesmo? 😉
Acho que escrevi esse texto por duas razões: explicar essa situação e saber o que meus leitores habituais, afinal de contas, o Rogério apareceu pela primera vez e já ganhou um texto inteiro em sua homenagem. Nunca discutimos muita literatura aqui, mas tenho certeza que gente como Thiago, Franco, Andy, Wagner (OIWÁ!), Silvia, meu clone de iniciais Fabio M. Braga, e a grande Maria das Dores. Aliás, Maria, me deve um relatório de como foi o lançamento de Quadrinhofilia.
E, só para não deixar dúvidas, prefiro Tolkien. Por causa de duas palavrinhas: Beren e Luthien.
p.s: Esse deve ser o texto com o maior número de links da história do SOS Hollywood! hehe
Não posso opnar compropriedade a respeito do que foi discutido neste post, não li nenhum dos livros citados, do Tolkien li apenas o Hobbit, mas gosto bastante de literatura sei que acontece de autores contemporâneos, beberem da mesma fonte ou usar algum outro autor como “inspiração”, gerando a cópia.
Legal, as regras!
Sou leiga no assunto. Não tenho a mesma visão técnica que vc tem. Soube da amizade entre lewis e tolkien. E p mim, os filmes estão perfeitos! Sou admiradora de Lewis, de sua fé e valores, e me encanta sua forma quase subliminar de inserir a Bíblia em suas crônicas.
Beijos!
*ah! eu adorei seu blog! rs rs rs
Núbia
Dae Barretão.. to visitando, na verdade, comentando mais que o normal no SOS do que de constume e espero tornar isso mais comum ainda.
Falando de Tolkien e Lewis, é uma coisa complicada, eu sou adorador da obra do Tolkien, os filmes realizados pelo Peter Jackson foram os melhores já vistos deste gênero (e duvido que surjam melhores); Lewis tem algo diferente, todo o mundo de “Nárnia” é diferente do que a Terra Média, os textos de Lewis são bem mais… cristão, digamos assim.
Lewis usa muitas analogias biblicos e religiosos, alem de usar os fatores que tanto vemos nas obras do Tolkien e agora vemos algo mais “real” com o Bernard Cornwell (As Cronicas de Arthur foram muito phoda), voltando ao assunto.
Acho que não adianta muito tentar falar quem copio quem, né? Pois afinal de contas ambas as obras foram excelentes, cada uma para seu publico, Tolkien para os mais infato-adultos e Lewis para o publico mais Juvenil. Pelo menos é assim que eu vejo.
O “leitor de primeira viagem” que comentou e que gerou esse texto deve estar até mal. Quis dar uma de bonzão e tomou. Mais uma vez o Barretão mostrou que sabe do assunto que fala.
Também recebi um comentário sobre esse filme, mas eu falei mesmo, achei o primeiro filme das Crônicas de Nárnia cansativo e prefiro o segundo. Falo isso como um leigo, só analisando os filmes (ainda vou ler os livros). Mas o comentário não foi ofensivo, foi mais a opinião do leitor. Ai beleza.
Só que as vezes o leitor esquece que aqui é o blog do Barreto, então vai ter a opinião dele. Se você for no meu site vai ter a minha opinião. Cada um tem sua forma de pensar. Nada contra a pessoa vir de boa e dar a sua opinião, mas encher a paciência ninguém merece né.
É como eu digo sempre vai ter algum leitor xiita que vai reclamar, mas se vai reclamar reclama direito. Agora chupa! 🙂
Em relação às obras de LEWIS, gostei do primeiro filme, mas não a ponto de adquiri-lo, e confesso que ainda não conferi o PRINCIPE CASPIAN nos cinemas.
Apesar de não ter lido os livros de TOLKIEN, gostei muito dos filmes e fiquei impressionado com o esmero da produção, tanto que adquiri os três dvd’s dirigidos por PETER JACKSON.
Mesmo não conhecendo com profundidade as referidas obras, como o FABIO, que obviamente é gabaritado para falar sobre as mesmas, concordo com meu xará, de que ambos eram talentosos, apesar de preferir a trilogia de o SENHOR DOS ANÉIS.
Saudações,
Boa Franco haushuahsas
Mas sempre vai ter essas coisas né!? Sempre tem um xiita chato que vai querer botar os bedelhos e falar de alguma coisa, mas concordo com você no termo filmes de As Crônicas de Nárnia, o segundo ficou imensamente mais legal que o primeiro, não foi um Lord of the Rings, mas foi bom, mas ainda poderia ser mais épico, e ter mais a Susan =D
O Kyle sonha em casar com a Susan.. hahha
🙂
Ela tem bocão!
Excelente texto, Barretão, como sempre!
😀
Mas o que me chamou a atenção, de fato, foi isso: ‘Só que brinquei com o “quem copiou de quem?”, pois fazíamos muito isso no meu grupo de estudos de cultura celta e druidismo e nos encontros da Heren Hyarmeno. Sobrava para todo mundo aliás, chegamos a fazer uma árvore genealógica dos principais escritores e influencias chupinhadas das antigas culturas européias.’
Nerd master, hein! Adoro!
😉
vc nao passou corretor ortografico no texto né?
heehhehe
Eu conto tudo aí em LA. Devo estar por aí qualquer desses. É só esperar… e você terá um longo e estreito relatório. Aguarde!!!
tolkien copiou Wagner na cara dura 😀
Tolkien e Lewis tem influencias mutas por causa do genero e de beber em partes da mesma fonte, porem os estilos dos dois são muito diferentes dentro do próprio genero fantasia,
Tolkien focou seu estilo em mitos e lendas germanicas com uma pitada ou outra de cultura celta. já Lewis misturou tudo que encontrou no ocidente de mitologia escandinava a mitologia cristã tá lá.
é a mesma coisa que acontece com akira toryama(dragon ball) e masami kurumada(saint seiya) um do lado do outro são bem parecidos mas a essencia é bem diferente
mesmo não sendo tão nerd a ponto de estar em um grupo de estudo celta, já tive várias discussões sobre esse assunto. Li uma matéria sobre o livro da amizade em questão e a partir daí passei a perceber (infelizmente somente nos filmes pois não tenho nenhum dos livros) as semelhanças. Acredito na coisa de cada um usou o que pode da maneira que quis…
Foi o texto mais elaborado que vi sobre o assunto, e pasmei com as fontes. Porém acredito que esse não vai ser o último que verei.
Sou novo comentando aqui mas sou um leitor assíduo.
Parabéns pelo texto, e pelo sucesso.
Sou leigo com relação a Nárnia. Só vi os filmes.Pretendo ler os livros
Aliás, é chover no molhado dizer que Tolkien foi o cara que mais estudou mitologia nórdica no último século e fez algo de útil com esse estudo.
Isso não se nega, o Tolkien estudou pra carvalho. O cara inventou uma lingua. =D
Poisé, Tiago, poisé.
Nunca li nada do Lewis, só Tolkien, e achei o primeiro filme médio. Não ruiiiim, médio. Bonitinho, estorinha legal, batalhinhas legais, mas médio, coisa de coração mesmo.
Lol @”Tupanzinho” hehehe
Cara, a galera não saber que existe Beowulf e ir assistir ao filme é quase cruel, eu diria. É uma obra que muita gente devia ter contato, mas isso é outras estória…
Falou
Eu estudei Lewis no curso de teologia e a influência da religião cristã em seus livros é clara.
Mas Tolkien é meu preferido apesar de eu adorar Aslam, justamente por ele ser uma analogia a Cristo.
Mas não existe nada igual mergulhar na Terra Média, para mim, Nárnia não chega aos pés do universo de Tolkien.
E que fique bem claro que é MINHA opinião pessoal, respeito Lewis e seus escritos, muito mais do que muita gente que só leu Narnia por causa do filme.
Só que gosto mais de Tolkien, acho o universo dele mais apaixonante, menos dolorido do que o de Lewis, talvez porque Tolkien não tenha tido a experiência terrível de Lewis com a morte.
Quanto ao texto, você sabe o quanto eu AMO literatura, muito mais do que cinema e tv e, mesmo o blog sendo, em princípio, sobre Hollywood,ainda é um blog e tem espaço para outros assuntos de vez em quando ^_^
Continue com nossas piadas internas, mesmo que isso acarrete alguns mal entendidos, ajuda a matar um pouquinho, as saudades 😉
Sorte, sucesso e bençãos o acompanhem todos os dias.
Beijo
Sil
Bom, primeiro de tudo: EU NUNCA VOU TE ABANDONAR! Quer dizer… não era bem isso, na verdade era: poxa, seja bem-vindo ao Amarelo Banana e é uma honra estar por aqui! Mesmo… o Ri sempre me falou muito bem de você, e estou conferindo isso no seu site. Ótimo mesmo, bem escrito, com as pitadas nerds extremamente necessárias pro meu dia, bem como aquelas de humor negro e sarcasmo. Evidente: conhecendo meu namorado como você conhece, pode imaginar que eu não sou uma das 10 meninas mais “menininhas” do mundo – o que explica o “CHUPA, PORRA!”. E claro, o “pela forma apaixonada como ele te idoltra” fez maravilhas com o relacionamento (!), e o Clint… bom, o Clint dispensa comentários.
Agora, sobre Tolkien e Lewis. Tenho somente uma coisa a dizer: Viggo Mortensen… digo, Beren e Luthien. Beren e Luthien, claro.
Você me incentivou a pegar os livros de novo. Eu estava namorando essa idéia há algum tempo, era isso que precisava. Voltarei pra Terra Média, depois volto pra comentar mais 🙂
Beijos, e “bem-vindo”.
PS: mais um post com fotos de aranha, acaba aqui a história de Isadora no seu blog. Mesmo. (Pergunte ao Ri se isso foi ou não uma ameaça!)
ah sim, um comentário impertinente: todas vez que o Barretão comenta no meu blog, eu fico pensando “que raios o Stênio Garcia faz por aqui!?”
como você pertence a um mundinho muito mais civilizado que o de terras tupiniquins, informo: http://ego.globo.com/Gente/Noticias/0,,MUL426282-9798,00-STENIO+GARCIA+NO+AR+EM+DUAS+CARAS+PODE+VOLTAR+A+NOVELA+DAS+OITO+EM.html eis, Barretão!
Agora todos deveríamos ler Joseph Campbell (“O Passaro Selvagem – Sobre a Universalidade dos Mitos” e “O Herói de Mil Faces”, só para começar) e todos concordaremos não só com Fabio, como com todos os amiguinhos que postam aqui. O cara falar a respeito de tudo quanta mitologia,pois dedicou sua vida (já morreu) para escrever a respeito disso, inclusive a origem de todas essas “cópias”. Taí a dica. É bem provável que o Barretão tenha lido já, já que estudioso da área.
Abraços a todos que curtem ler e discutir civilizadamente!
po, pessoal mó escrevendo textoes nos comentarios, falando sobre os livros e tal.. pra mim q nao li nenhum dos 3 d Senhor dos Aneis e muito menos os d Narnia, da até uma certa timidez d comentar ;p
mas dexa pra lá, queria dizer que curto muito os posts, ou matérias como preferir, que você poe aqui no blog.. e tento comentar em todos q eu tenho algo a falar e/ou acrescentar..
vc sempre escreve bem e consegue envolver o leitor, eu até assusto quando vejo o tamanho dos textos, mas dps d começar a ler ele acaba rapidinho.. ;p
bom, é legal ler aqui e sempre ficar sabendo mais sobre algum assunto, principalmente desse universo fantasioso q envolve Senhor dos Aneis, o qual me atrai muito e q com certeza quando tiver mais tempo e disposição vou ler muito sobre..
Como você disse, o poema de Beowulf é mais antigo do que as obras de Tolkien e Lewis, e tudo parte de alguma referência.
São universos distintos, mas baseados em informações que os dois autores obtiveram.
Posso dizer que é quase uma monografia ahahahahahha. Você descreve o seu tema, defende, analisa e tudo o mais, mas baseado em pesquisas dos outros ehhehe.
abraço!
Cara, eu não diria que é Real Madrid X Ferroviária. Acho exagero.
Mas se você colocar como um Brasil (da Copa de 70) X Bulgária (de qualquer ano) tá de bom tamanho.
A Bulgária pode complicar um pouco, ameaçar marcar duro no começo. Na primeira escapada do Gandal… ops, do Jairzinho pela direita, cruzando para o Legol… não, para o Tostão no meio, sai gol.
E aí, com 1 x 0, a Bulgaria lembra que é Bukgária mesmo e perde. E perde feio. Com ou sem Aslam no gol.
Fábio:
Arre, alguém de nível conseguiu divulgar um texto com teor intrinsicamente filosófico. Não basta ser inteligente e versátil, tem que se mostrar como tal. E você vem realizando feitos memoráveis. E é só o “comecinho” de tudo. Em frente, e, aos invejosos, uma “banana” (ah!ah!ah!) bem madurinha, claro.
Embora nunca tenha me manifestado publicamente nesse blog, diga-se de passagem, se não o melhor, um dos melhores sobre cinema,sempre mantenho a assiduidade de ler os comentários, do Barretão! E poucas pessoas tem o dom da narrativa informativa que não te cansa, mas envolve até a conclusão do assunto em questão. Resolvi me manisfestar nesse tópico específico por me considerar um estudioso das obras do professor Tolkein, que a meu ver, é simplemente incomparável! Entendo de que a comparação de Tolkien com C.S Lews, perpassa por um detalhe crucial, que quem leu suas obras pode perceber, sem dúvida. C.S. Lewis, era Cristão, e tinha em suas obras grandes influências bíblicas e de suas Crenças, não me recordo onde li uma vez, acredito que em algum lugar do site do conselho branco ou do Valinor, que esse fator foi um dos que mais motivou as discussões entre esses dois gênios. Gosto da Obra de Lewis, mas, especificamente, falando de Nárnia, para mim é uma alegoria mto bem elaborada, onde ele pegou tudo que encontrou e jogou dentro de um caldeirão para contar a versão bíblica do apocalipse sob um ponto de vista genial. Já a obra de Tolkein é um universo a parte, é outro mundo, e, embora, existam influências visíveis de vários outros ramos da mitologia, como a referência a Atlantida que é Numenor, temos de reconhecer que todos os detalhes ali constantes criam um impacto totalmente diverso em seus leitores. Bom, mas só queria ressaltar a principal distição, as cresças pessoais de cada um refletem na singularidade de suas obras. Há de se ressaltar, que C.S. Lewis, escreveu vários outros livros, Como “As cartas do Inferno” um dos melhores, é mais bíblico de seus livros depois de Nárnia. Tolkien dedicou uma vida a terra média.(Tolkein é imcomparável)rs