Como vocês viram aqui, estrevistei Kiefer Sutherland pelo filme Espelhos do Medo. Embora a entrevista exclusiva esteja nas páginas da Sci-Fi News de outubro, já nas bancas, gostaria de compartilhar algumas das perguntas com vocês. Com vocês, Jack Bauer! =D
O conceito de Espelhos do Medo reflete mais a idéia assustadora de Nietzsche ou a fantasiosa de Lewis Carroll?
Qualquer uma das duas assusta bastante, se analisarmos com calma. Espelhos sempre carregam esse estigma de portais ou símbolos de dualidade, mas toda vez que se busca muito por um novo sentido ou algo oculto, o resultado não é dos melhores. De qualquer forma, sempre vi esse filme muito com um drama focado na família, então, se estamos falando em dualidade, devemos olhar para as duas realidades que essas pessoas vivem. A idéia de que entre os dois lados de qualquer história sempre mostra a verdade no meio do caminho sempre me interessou, gosto de trabalhar isso. Confesso que depois de tudo isso não consigo olhar para um espelho antes de pensar duas vezes e há mais coisas para se ter medo do que se ele olhar de volta ou se um coelho maluco aparecer do outro lado.
É exagero dizer que Jack Bauer é o papel da sua vida?
E como! Faço isso [atuar] há tanto tempo que não consigo ver um trabalho como definitivo ou insuperável. Tem gente que me pergunta se Fica Comigo, Garotos Perdidos ou Os Jovens Pistoleiros me definiram como ator. E a resposta é sempre a mesma: não. Já vi mais de 60 filmes, então é complicado encarar um trabalho como definitivo. Gosto de pensar que cada um desses papéis foi marcante para uma geração específica, mas não para mim. Um exemplo disso é a Comic-Con. Toda vez que apareço por lá, consigo entender a abrangência do meu trabalho um pouco melhor por causa da reação das pessoas. Se algum fã da minha idade fala comigo, vai dizer que Garotos Perdidos foi o melhor! Se é alguém da idade da minha filha, vai perguntar sobre Jack Bauer, e se pintar alguém um pouco mais velho, é certeza, Fica Comigo marcou a vida do sujeito! Cada geração te define, não o contrário.
E você tem um momento favorito?
Ainda está por vir! Não fiz esse papel ainda. Na verdade, se 24 Horas puder se encaixar nesse conceito de me definir como profissional, que seja. Eu não ligo. Sem dúvida, essa foi a experiência mais didática que tive em toda minha vida. Como ator, como pessoa, em todos os sentidos. É algo parecido como que vimos na Olimpíada. Aquelas pessoas treinam por anos, todos os dias e não podem errar na hora H, comigo foi a mesma coisa, pois estou trabalhando todos os dias, com um cronograma bem definido e por isso posso dizer que estou mais confortável e confiante em frente às câmeras do que jamais estive em toda a minha vida. Esse é o melhor momento da minha atuação. 24 Horas foi um dos melhores presentes que já gostei.
A vontade de fazer um filme nesse gênero foi influencia direta do trabalho do seu pai, Donald?
Meu pai fez Don’t Look Now, com Nicolas Roeg, uma das melhores obras do Cinema. Esse filme é distinto de tudo mais que vi na vida. Não penso que sou um artista, mas sim um carpinteiro, pois gosto de sempre abordar tudo com uma nova perspectiva em meu trabalho. Quando Nicolas fez esse filme, foi assim que ele pensou e meu pai foi parte desse momento inspirado. O resultado foi o filme mais assustador que eu já vi e nunca me esqueci disso.
Confira o restante da entrevista na matéria especial e exclusiva da Sci-Fi News, 128! Já nas bancas! Leia crítica do filme no Judão, aqui!
[…] definição para o telefilme de duas horas vem diretamente de Kiefer Sutherland, em entrevista ao SOS Hollywood, “24 at its best” (é 24 Horas no melhor de sua forma). E é impossível discordar dessa […]
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